1° ANO
ATIVIDADES
(1° semana de maio)
FILOSOFIA: MITO E FILOSOFIA:Ordem e Desordem
SOCIOLOGIA: O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
PROJETO DE VIDA: IDENTIDADE...
FILOSOFIA
“Ordem e desordem fazem parte da formação do senso comum e dos processos da razão e, a partir desses conceitos, tratemos de efetuar uma avaliação social e histórica. Vivemos inseridos em certas ordens ou organizações (sociais, políticas, religiosas, econômicas), as quais não dependem de nossa escolha. Pensemos, pode ser que não exista desordem, mas ordens diferentes daquela que costumamos pensar que seja a ordem verdadeira, uma razão imutável, que reina imperativa. Por exemplo: a civilização ocidental é diferente da civilização oriental, o sul da América e o norte da América possuem culturas diferenciadas, ou seja, o mundo é culturalmente diverso e isto enriquece os contatos e as relações, é preciso aprender a conviver com essas diferenças para evitar confrontos, conflitos, guerras e sofrimentos.
ATIVIDADES
(1° semana de maio)
FILOSOFIA: MITO E FILOSOFIA:Ordem e Desordem
SOCIOLOGIA: O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
PROJETO DE VIDA: IDENTIDADE...
FILOSOFIA
MITO
E FILOSOFIA
Ordem
e Desordem
“Ordem e desordem fazem parte da formação do senso comum e dos processos da razão e, a partir desses conceitos, tratemos de efetuar uma avaliação social e histórica. Vivemos inseridos em certas ordens ou organizações (sociais, políticas, religiosas, econômicas), as quais não dependem de nossa escolha. Pensemos, pode ser que não exista desordem, mas ordens diferentes daquela que costumamos pensar que seja a ordem verdadeira, uma razão imutável, que reina imperativa. Por exemplo: a civilização ocidental é diferente da civilização oriental, o sul da América e o norte da América possuem culturas diferenciadas, ou seja, o mundo é culturalmente diverso e isto enriquece os contatos e as relações, é preciso aprender a conviver com essas diferenças para evitar confrontos, conflitos, guerras e sofrimentos.
Assim também podemos pensar a origem do
pensamento moderno ocidental: uma ordem social que se construiu com elementos
das mais antigas civilizações ocidentais e orientais. Entre a herança que os
antigos como Sófocles, Aristófanes, Hesíodo e Homero nos legaram estão os
mitos, maravilhosas narrativas sobre a origem dos tempos, que encantam,
principalmente, porque fogem aos parâmetros do modo de pensar racional que deu
origem ao pensamento contemporâneo.
É certo que as tradições, os mitos, e a
religiosidade respondiam a todos os questionamentos. Contudo, essas explicações
não davam mais conta de problemas, como a permanência, a mudança, a
continuidade dos seres entre outras questões. Suas respostas perderam
convencimento e não respondiam aos interesses da aristocracia que se
estabelecia na pólis.
Dessa forma, determinadas condições
históricas, do século V e IV a.C., como o estabelecimento da vida urbana na
pólis grega, as expansões marítimas, a invenção da política e da moeda, do
espaço público e da igualdade entre os cidadãos gestaram juntamente com alguma
influência oriental uma nova modalidade de pensamento. Os gregos depuraram de
tal forma o que apreenderam dos orientais, que até parece que criaram a própria
cultura de forma original. Podemos afirmar que a filosofia nasceu de um
processo de superação do mito, numa busca por explicações racionais rigorosas e
metódicas, condizentes com a vida política e social dos gregos antigos, bem
como do melhoramento de alguns conhecimentos já existentes, adaptados e
transformados em ciência.
O
Mito e a Origem de Todas as Coisas
A multiplicidade de idéias e vertentes que
formam o mito pode aparecer, muitas vezes, como desordem. A filosofia pode ser
entendida como a tentativa de subordinar a multiplicidade de expressões à ordem
racional, de enfrentar a dificuldade de entender os contrários misturados que
povoam a vida. Entre mito e filosofia têm-se duas ordens ou duas concepções de mundo
e a passagem da primeira à segunda expressa uma mudança estrutural da
sociedade. Identificar ou pensar as várias ordens seria como identificar as
constelações na imensidão do céu.
As narrativas míticas tentavam responder
as questões fundamentais, como: a origem de todas as coisas, a condição do
homem e suas relações com a natureza, com o outro e com o mundo, enfim, a vida
e a morte, questões que a filosofia desenvolveu no decorrer de sua história.
Mas aqui podemos formular outra questão: a filosofia nasceu da superação dos
mitos, mas foi uma superação gradual ou um rompimento súbito? Para tanto, temos
que primeiramente identificar algumas diferenças básicas entre os mitos e a filosofia.
O Mito (Mythos) é narrado pelo
poeta-rapsodo, que escolhido pelos deuses transmitia o testemunho incontestável
sobre a origem de todas as coisas, oriundas da relação sexual entre os deuses,
gerando assim, tudo que existe e que existiu. Os mitos também narram o duelo
entre as forças divinas que interferiam diretamente na vida dos homens, em suas
guerras e no seu dia-a-dia, bem como explicava a origem dos castigos e dos
males do mundo. Ou seja, a narrativa mítica é uma genealogia da origem das coisas
a partir de lutas e alianças entre as forças que regem o universo.
A filosofia, por outro lado, trata de
problematizar o porquê das coisas de maneira universal, isto é, na sua
totalidade. Buscando estruturar explicações para a origem de tudo nos elementos
naturais e primordiais (água, fogo, terra e ar) por meio de combinações e
movimentos. Enquanto o mito está no campo do fantástico e do maravilhoso, a
filosofia não admite contradição, exige lógica e coerência racional e a
autoridade destes conceitos não advém do narrador como no mito, mas da razão
humana, natural em todos os homens”.
(Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Filosofia:
Ensino Médio. Filosofia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006).
RESPONDA A ATIVIDADE:
1° ANO A
1° ANO B
1° ANO C
SOCIOLOGIA
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Everaldo Lorensetti
Você é um privilegiado!
Leitor: – Como assim, privilegiado?
O livro: – É, privilegiado! Você é um deles!
1° ANO A
1° ANO B
1° ANO C
SOCIOLOGIA
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
Everaldo Lorensetti
Você é um privilegiado!
Leitor: – Como assim, privilegiado?
O livro: – É, privilegiado! Você é um deles!
Na sociedade, há pessoas privilegiadas. Uma delas, por exemplo, pode ser aquela que tem o poder de
governar e de conduzir os rumos da
sociedade, o que muitas vezes pode
não ser da maneira mais justa para
todos. Outro exemplo...
Leitor: – Um outro...?
O livro: – Você mesmo é um, caro leitor!
Leitor: – Mas, eu?! Como?
O livro: – Simples! Seu privilégio está no fato do que você vai
adquirir agora: conhecimento! Você poderá avançar
no entendimento de como funciona a sociedade em
que você vive, conhecer como trabalham os demais
privilegiados (a elite social) e aumentar sua autonomia
de reflexão e de ação diante dos fatos que lhe cercam.
Sigamos adiante?
***
Mas o que é essa AUTONOMIA de que estamos falando?
Vamos lá! Vamos descobrir! Você vai entender o que estamos dizendo, passo a passo.
Essa autonomia é quanto à sua maneira de pensar e de agir frente a
diversas situações. Muitas pessoas não sabem (e não se preocupam em
saber) como e por que determinadas coisas mexem com suas vidas.
Vamos pensar num exemplo bem simples para você entender: você já viu uma TV que não “pega” direito? O que pode ser feito para se
resolver o problema do sinal?
Colocar palha-de-aço na antena resolveria?
Essa atitude, de pôr a palha-de-aço na antena, falando de tempos
passados, era algo muito mais comum do que hoje com as antenas parabólicas e TVs a cabo, o que não significa que ninguém mais o faça.
Mas a palha-de-aço pode até resolver o problema, consideravelmente. Outras vezes, porém, ela não será suficiente para acabar com o
defeito. Dependendo do sinal que a TV esteja recebendo.
O que seria a palha-de-aço?
Palha-de-aço = uma espécie de Senso Comum.
No caso da TV, um técnico resolveria melhor o problema do sinal
porque ele tem um conhecimento mais apurado daquilo que opera o
funcionamento da televisão. Provavelmente ele iria dar uma boa gargalhada ao ver a palha-de-aço na antena, pois ele sabe que aquilo pode se apenas um “remendo no rasgo”, ainda que em alguns casos resolva, entende?
Resumindo: Então, o que seria um Senso Comum?
Poderíamos dizer que é uma resposta ou solução simples para o
cotidiano, geralmente pouco elaborada e sem um conhecimento mais
profundo.
O teólogo brasileiro e Doutor em Filosofia, Rubem Alves, em seu livro Filosofia da Ciência, considera o senso comum como sendo aquilo que não é ciência. De outra maneira, seria dizer que a palha-de-aço
na antena da TV não é algo científico, mas sim um “eu acho que funciona” para o dia-a-dia das pessoas.
Mas existe uma lógica em pôr a palha-de-aço na antena. As pessoas só não sabem qual é. E é por esse motivo, também, que Rubem Alves diz que a ciência, na verdade, é um refinamento, ou melhoramento, do senso comum.
O senso comum e a ciência nos dão respostas, ou inventam soluções práticas para nossos problemas. A diferença é que a ciência é um
conhecimento mais elaborado.
“Eu acho que...” Fique sabendo!
Muitas vezes quando alguém começar uma resposta com as palavras
“eu acho que...”, tal resposta pode
não chegar no centro real do problema a ser entendido ou resolvido. O
que não significa, porém, que ela deva ser rejeitada. Ela só precisa ser refinada.
Por exemplo, se alguém nos perguntasse o motivo que leva a economia de um país oscilar, nós poderíamos dar uma resposta certeira, com
demonstrações, inclusive, mas também poderíamos dizer apenas: “eu
acho que...”.
A exemplo da economia, existem
muitas outras coisas que acontecem na
sociedade e que nos atingem diretamente. E para todas essas coisas seria
muito bom que tivéssemos curiosidade para saber se aquilo que é mostrado é realmente como é, entende?
(secretaria do estado de educação do Paraná, Sociologia
/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 266 p.)
RESPONDA A ATIVIDADE
1° ANO A
1° ANO B
1° ANO C
PROJETO DE VIDA
Verbo ser
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer?
Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender.Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
1° ANO A
1° ANO B
1° ANO C
PROJETO DE VIDA
IDENTIDADE...
"No processo de construção da identidade, o adolescente mergulha no questionamento de si mesmo, confrontando-se com a família, com o grupo, com a cultura, com a comunidade e com a sociedade a que pertence. Ele precisa desse contraponto para reconhecer-se e descobrir-se como sujeito único. A fase da adolescência é uma etapa da vida com muitas turbulências e entrar em contato consigo é uma das formas de ampliar a autopercepção, desenvolvendo o cuidado consigo mesmo, percebendo as mudanças em seu corpo, tomando consciência de seus afetos, seus valores, suas habilidades e suas dificuldades. Enfim, é fundamental que ele se identifique, que saiba quem é e o que quer ser".
"No processo de construção da identidade, o adolescente mergulha no questionamento de si mesmo, confrontando-se com a família, com o grupo, com a cultura, com a comunidade e com a sociedade a que pertence. Ele precisa desse contraponto para reconhecer-se e descobrir-se como sujeito único. A fase da adolescência é uma etapa da vida com muitas turbulências e entrar em contato consigo é uma das formas de ampliar a autopercepção, desenvolvendo o cuidado consigo mesmo, percebendo as mudanças em seu corpo, tomando consciência de seus afetos, seus valores, suas habilidades e suas dificuldades. Enfim, é fundamental que ele se identifique, que saiba quem é e o que quer ser".
(Estado de são paulo, material de apoio,
projeto de vida, ensino médio, são paulo, 2014)
O Poeta Carlos Drummond de Andrade nos propõe algumas questões importantes a serem pensadas durante a nossa vida. No poema a seguir ele nos apresenta várias perguntas que dizem respeito a construção da nossa própria identidade, mas também sobre a liberdade e outros temas existenciais.
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer?
Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender.Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
(Verbo Ser. In: Boitempo, de Carlos Drummond de Andrade, Companhia das Letras, São Paulo. Carlos Drummond
de Andrade © Graña Drummond www.carlosdrummond.com.br. Acesso em: 2 dez. 2014).
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira (MG), e faleceu em 1987, no Rio de
Janeiro (RJ). Era funcionário público e começou cedo a escrever poesias, contos, crônicas e livros
infantis. Foi considerado por muitos o poeta brasileiro mais influente do século XX.
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